quinta-feira, 10 de março de 2011

Medicina de excelência e gratuita é possível!

Olá pessoal,ausentei-me por um tempo, pois me estava preparando para uma internação, por um período considerável (de 31/01 a 01/03/2011), em Brasília.
A experiência foi maravilhosa e vou compartilhá-la com vocês em alguns textos, o que não será possível num só.
Peço-lhes desculpas pela minha ausência e, desde já, agradeço aos leitores pela sua compreensão.

CENTRO INTERNACIONAL DE NEUROCIÊNCIAS E REABILITAÇÃO
“ Esse espaço de concreto, aço e vidro existe para qualquer ser humano, rico ou pobre, ser atendido com dignidade e competência, de modo rigorosamente gratuito e igualitário. Nenhum serviço que aqui se realiza, pode ser cobrado.
Caso você perceba a mínima tentativa de violação desse princípio fundamental, saiba que esse espaço de entrega e de amor ao próximo terá sido corrompido. Logo, não hesite, proteste!
Não permita a violação do seu direito de cidadania.Todos os que aqui trabalham, como verdadeiros servidores públicos, devem retornar a você, em serviços qualificados, o imposto que você paga como cidadão, independente de sua condição social ou econômica.
Este é o princípio maior dessa instituição.”

Estas foram as primeiras palavras que li, ao entrar na sala de atendimento da Rede Sarah- Lago Norte, achei interessante, palavras que nos proporcionam uma segurança, principalmente para quem está chegando pela primeira vez.

Vou copiar, aqui, a definição do que é a Rede Sarah:
“Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação é constituída por nove unidades hospitalares, localizadas em Brasília (DF), com um hospital e um Centro Internacional de Neurociências e Reabilitação, Salvador (BA), São Luís (MA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ), Macapá (AP) e Belém (PA).
Cada hospital da Rede representa um espaço para reprodução e aperfeiçoamento dos princípios, conceitos e técnicas consolidados, ao longo do tempo, pelo SARAH-Brasília.Os conceitos agregados e aplicados, no cotidiano, pelos profissionais que atuam aqui transformaram o SARAH em centro de referência nacional e internacional.
Os hospitais da Rede caracterizam-se por uma cuidadosa integração de sua concepção arquitetônica aos princípios de organização do trabalho e aos diferentes programas de reabilitação, definidos conforme os indicadores epidemiológicos da região em que cada unidade está inserida. Dessa integração, resultam, por exemplo, os amplos espaços dos hospitais SARAH, com seus solários e jardins, buscando, sempre, a humanização do ambiente hospitalar e as enfermarias coletivas, com o sistema de "assistência progressiva", com aproveitamento ótimo dos recursos disponíveis. Este sistema, pela primeira vez implantado no Brasil, data das origens do Projeto, caracterizando-se pela possibilidade de manter o paciente em locais de maior ou menor concentração de recursos humanos e materiais. Surgiu, desse conceito, a criação do "Primeiro Estágio" onde permanecem os doentes que necessitam de cuidados intensivos e frequentes, com a característica de permitir a presença de seus familiares.
Os ambientes foram cuidadosamente preparados para os pacientes das diversas especialidades médicas e terapêuticas, com piscinas, ginásios para fisioterapia, unidades de exames complementares ao diagnóstico, blocos de serviços operacionais, entre vários outros espaços.
Os hospitais da Rede SARAH estão interligados por tecnologias de telecomunicação desde 1997. Diagnósticos de patologias, casos e exames podem ser discutidos conjuntamente, em tempo real, por meio de vídeo-conferência, pelas equipes das diversas unidades, multiplicando o potencial e o conhecimento do staff. Também se podem consultar todos os prontuários, que são eletrônicos (informatizados), de qualquer outra unidade, promovendo o mesmo nível de qualidade de atendimento em toda a Rede e permitindo permanentes interconsultas e programas de atualização.”
Ler estas palavras, ouvir as pessoas que ali passaram meses, reabilitando-se , contarem, com entusiasmo, a respeito da organização, qualidade do Sarah causa curiosidade em saber mais. Mas estar lá, conviver com essa realidade é quase que uma “magia”, a integração das equipes extremamente cuidadosas e dedicadas aos seus pacientes, atenção que vai além das formalidades de normas e princípios de profissionais, atenção voltada ao ser humano como um todo, investimento no potencial, no melhor de cada indivíduo que começa a encontrar uma nova realidade, um verdadeiro processo de readaptar-se e reabilitar-se.
Pensando em tudo que vivi ali, em todos os casos que conheci, pessoas com histórias fantásticas de reabilitação, de afinidade com pessoas que não fazem parte da equipe médica, pesquisadores,enfermeiras... mas também de outros setores que trabalham com o mesmo afinco, como o pessoal do refeitório, segurança, limpeza, tudo funciona de forma extraordinária... perguntar carece:
Se, na Rede Sarah, existe o ousado avanço na medicina pública e funciona perfeitamente, por que os outros hospitais brasileiros não seguem a mesma linha de competência?
Dr. Aloysio Campos da Paz Junior, mostrou que fazer uma medicina de excelência e gratuita é possível! O que falta então?

5 comentários:

  1. Oii Cáh! Que saudade de ler suas historias
    Fiquei muito feliz em ver a melhora que voce teve, ja era linda, ficou mais ainda
    Vi suas fotos no Sarah, realmente o lugar é lindo.

    Um beijo no seu coração amada
    Te adoro sempre

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  2. O Sarah, apesar de ter criado fama de Tratamento de Primeiro Mundo, de organizado mesmo, só tem o atendimento e a gratuidade. TÉCNICA NÃO!

    Usam o mesmo protocolo para todos, não gostam de atualização (apesar de gostarem de se propagandear nesse sentido), não se fazem de procedimentos de excelëncia em neurociência já há muito descobertos e utilizados em reabilitação (ex, veja noigroup.com, como uma simples caixa de espelhos - mirror box) e se vangloriam em um auto-orgulho cego por parte dos seus profissionais, que, por serem remunerados num esquema quase hierárquico, um tampão cala-boca fundacional, mas por prestarem um grande serviço gratuito ao país, vão seguindo adiante.

    São rígidos e organizados e o tratamento é gratuito. No entanto, estão hã anos luz de um tratamento moderno.

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  3. Concoto com o Anônimo. Não há efetividade no tratamento oferecido pela Rede Sarah. O único diferencial da rede é um atendimento público «confortável» oferecido. Nunca se ouve falar de nenhuma pesquisa ou inovação desenvolvida pela instituição, que recebe quase R$ 700 milhões anuais. Sem falar em toda a repressão aos funcionários, já que seus gestores consideram suficiente pagar salários acima da média, sem entretanto respeitar a individualidade, as limitações e as crenças de cada um. Logo que se entra como funcionário, se diz: «Não adianta vir com ideias inovadoras, as coisas são como são e continuarão sendo». Além disso, a transparência não exatamente prezada pela instituição. Experimente pesquisar no site da rede e verifique se há algum tipo de prestação de contas. Observe se há algum link para o site da «Transparência» do governo federal, como todos os sites dos agentes públicos INTEGRALMENTE mantidos pela União. Verifique no próprio site da Transparência do Governo Federal (www.transparencia.gov.br) e veja se é fácil encontrar o orçamento da instituição. E quando encontrar, veja se há alguma descrição de gastos detalhada? Busque o relatório de gestão no site do TCU e confira se não está redondinho demais. Enfim, creio que a rede Sarah vive de aparências e numa penumbra que não combina com uma instituição INTEGRALMENTE MANTIDA PELO DINHEIRO DO CONTRIBUINTE. E pasmem, a rede tem assediado seus funcionários para que não exerçam o direito constitucional de se organizarem em sindicatos! Por que isso? Será que há muito a ser escondido?

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  4. Confiram a luta dos funcionários do Sarah para abrir um sindicato, mesmo com toda a repressão e demissões injustificadas por parte da instituição
    https://www.facebook.com/#!/sindsarahdf

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  5. Entendo quando o paciente e seus familiares ficam espantados em saber que o Sarah é mantido com dinheiro público. A limpeza e a acolhida do local parecem suficientes em um país onde a saúde pública vai de mal a pior. Mas é só o que a Rede oferece. É necessário conhecer mais a fundo e saber que interesses estão por trás disso.

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