Bom, como nem todos sabem, sou cadeirante há dois anos, tenho paralisia cerebral, que afetou minha coordenação motora. Estou com 21 anos, cursando Comunicação Social, porém, para chegar à universidade. Não foi fácil! Além de ter que superar minhas dificuldades e limitações, ainda tive que enfrentar uma grave “praga” que insiste em existir na cabeça e nas atitudes de muitos “seres humanos” desinformados, chamada preconceito.
Conheci esse tal preconceito aos 5 anos, quando meu sonho era estudar num colégio evangélico (inclusive da religião que sigo), mas não me aceitaram lá, simplesmente porque eu iria precisar de alguém, para me ajudar na locomoção, e meus pais sempre se dispuseram a ajudar ou deixar minha babá lá na sala de espera, para me ajudar nesses momentos. Mesmo assim, disseram-lhes não.
Então fui para um colégio que me recebeu muito bem e que, infelizmente, hoje não existe mais. Mas eram bem preparados para tratar as diferenças com o devido respeito (não tinha ligação religiosa), e, infelizmente, só funcionava como jardim e pré.
Bom, para resumir, como eu gostava, muito, da minha igreja, de sua doutrina, tentei estudar lá, em todas as fases da minha vida, que foram do jardim ao ensino médio. Mas tudo em vão, pois, a cada época, era uma desculpa.
Na quinta série, tentamos um outro colégio, que também tem certa ligação religiosa. E esse foi mais cruel, porque, lá, era e é adaptado, sem degraus, com rampas onde necessário, inclusive com o símbolo de acessibilidade.
Segui em frente, administrando cada ”não” recebido e fazendo deles um degrau, no meu caso (rampa), para minha subida e realização pessoal.
Passei a escrever e, em meus textos, incansavelmente digo que meu sonho é que a geração que vier depois de mim não tenha que travar uma “luta”, para exercer seus direitos de cidadãos.
Pois bem, 21 anos se passaram, estamos vendo, aí, campanhas para inclusão, para acessibilidade, até novela inserindo personagem com deficiência estamos tendo.
Infelizmente, nesta semana, fiquei sabendo de um caso que me deixou extremamente triste, revoltada e com muita raiva... Uma criança de 4 anos, viveu exatamente o que vivi, há 16 anos, na mesma escola que exibe o símbolo da acessibilidade. Essa escola esconde, atrás de uma máscara, um lado cruel, arrogante, ignorante e ruim. Daniela Mendes Alves, mãe do pequeno Pedro Lucas, me contou, num desabafo angustiante, que seu filho não teve o direito de frequentar a escola. Mesmo ele tendo feito uns dias de adaptação e sendo aprovado pela professora, não foi aceito, simplesmente porque é cadeirante.
Seus diretores usaram de muitas desculpas, até mesmo dizendo que alguns pais de alunos os questionaram sobre a presença de um deficiente físico no grupo, com seus filhos. E finalmente que eles não estavam preparados para recebê-lo.
“O fato final, para não aceitá-lo, foi realmente ele ser cadeirante e precisar de ajuda de uma pessoa em determinadas ocasiões, alegando que, se ele melhorasse um dia, poderíamos voltar lá, para matriculá-lo, e que eles não estavam preparados para receber alguém como ele. Isto tudo, sabendo que a situação dele não era de melhora, e, sim, de adaptação, porque ele é cadeirante. Independente de conseguir, um dia, andar pequenas distâncias, ele nunca será uma criança ou um adulto totalmente independente, o que foi colocado, desde o início, pra eles. Na verdade, foi a mesma coisa que dizer: seu filho não é normal, na minha escola só estudam crianças normais, que me deem lucro absoluto”, desabafa Daniela.
Não bastasse esta decepção, há duas semanas, Daniela, seu marido e Pedro estavam num shopping e ele, como qualquer outra criança, estava brincando, “correndo”, e, para surpresa de todos, chegou um segurança, solicitando(exigindo) que seus pais o fizessem parar de "correr", de brincar, que era para ele ficar quieto e parado ao lado deles, porque ele poderia machucar-se e machucar alguém, como se a cadeira dele fosse uma arma, e não as suas pernas.
A decepção foi grande e angústia causada na alma desses pais foi desumana.
Não podemos deixar isto se estender por mais tempo. Acredito que vamos conseguir mudar as coisas, primeiramente saindo das tocas, infelizmente tendo, ainda, que quebrar barreiras, superar nossos próprios limites, impondo, assim, nossa presença em todos os lugares. Com efeito, só assim, faremos valer nossos direitos; mostraremos a essa sociedade hipócrita e preconceituosa, a nossos governantes que existimos, que somos trabalhadores, estudantes, contribuintes, como qualquer outro ser humano.
Que possamos unir-nos numa só voz e objetivo, para que os outros que vierem depois de nós tenham mais facilidade para os estudos, trabalho, lazer. Enfim, que vivam de uma forma mais natural, descomplicada, que tenham só e exclusivamente que superar os limites da deficiência, sem ter que sofrer e clamar, incessantemente, por um direito constituído,que é a tão falada, discutida e almejada acessibilidade, inclusão social e o respeito a esses direitos...
Conheci esse tal preconceito aos 5 anos, quando meu sonho era estudar num colégio evangélico (inclusive da religião que sigo), mas não me aceitaram lá, simplesmente porque eu iria precisar de alguém, para me ajudar na locomoção, e meus pais sempre se dispuseram a ajudar ou deixar minha babá lá na sala de espera, para me ajudar nesses momentos. Mesmo assim, disseram-lhes não.
Então fui para um colégio que me recebeu muito bem e que, infelizmente, hoje não existe mais. Mas eram bem preparados para tratar as diferenças com o devido respeito (não tinha ligação religiosa), e, infelizmente, só funcionava como jardim e pré.
Bom, para resumir, como eu gostava, muito, da minha igreja, de sua doutrina, tentei estudar lá, em todas as fases da minha vida, que foram do jardim ao ensino médio. Mas tudo em vão, pois, a cada época, era uma desculpa.
Na quinta série, tentamos um outro colégio, que também tem certa ligação religiosa. E esse foi mais cruel, porque, lá, era e é adaptado, sem degraus, com rampas onde necessário, inclusive com o símbolo de acessibilidade.
Segui em frente, administrando cada ”não” recebido e fazendo deles um degrau, no meu caso (rampa), para minha subida e realização pessoal.
Passei a escrever e, em meus textos, incansavelmente digo que meu sonho é que a geração que vier depois de mim não tenha que travar uma “luta”, para exercer seus direitos de cidadãos.
Pois bem, 21 anos se passaram, estamos vendo, aí, campanhas para inclusão, para acessibilidade, até novela inserindo personagem com deficiência estamos tendo.
Infelizmente, nesta semana, fiquei sabendo de um caso que me deixou extremamente triste, revoltada e com muita raiva... Uma criança de 4 anos, viveu exatamente o que vivi, há 16 anos, na mesma escola que exibe o símbolo da acessibilidade. Essa escola esconde, atrás de uma máscara, um lado cruel, arrogante, ignorante e ruim. Daniela Mendes Alves, mãe do pequeno Pedro Lucas, me contou, num desabafo angustiante, que seu filho não teve o direito de frequentar a escola. Mesmo ele tendo feito uns dias de adaptação e sendo aprovado pela professora, não foi aceito, simplesmente porque é cadeirante.
Seus diretores usaram de muitas desculpas, até mesmo dizendo que alguns pais de alunos os questionaram sobre a presença de um deficiente físico no grupo, com seus filhos. E finalmente que eles não estavam preparados para recebê-lo.
“O fato final, para não aceitá-lo, foi realmente ele ser cadeirante e precisar de ajuda de uma pessoa em determinadas ocasiões, alegando que, se ele melhorasse um dia, poderíamos voltar lá, para matriculá-lo, e que eles não estavam preparados para receber alguém como ele. Isto tudo, sabendo que a situação dele não era de melhora, e, sim, de adaptação, porque ele é cadeirante. Independente de conseguir, um dia, andar pequenas distâncias, ele nunca será uma criança ou um adulto totalmente independente, o que foi colocado, desde o início, pra eles. Na verdade, foi a mesma coisa que dizer: seu filho não é normal, na minha escola só estudam crianças normais, que me deem lucro absoluto”, desabafa Daniela.
Não bastasse esta decepção, há duas semanas, Daniela, seu marido e Pedro estavam num shopping e ele, como qualquer outra criança, estava brincando, “correndo”, e, para surpresa de todos, chegou um segurança, solicitando(exigindo) que seus pais o fizessem parar de "correr", de brincar, que era para ele ficar quieto e parado ao lado deles, porque ele poderia machucar-se e machucar alguém, como se a cadeira dele fosse uma arma, e não as suas pernas.
A decepção foi grande e angústia causada na alma desses pais foi desumana.
Não podemos deixar isto se estender por mais tempo. Acredito que vamos conseguir mudar as coisas, primeiramente saindo das tocas, infelizmente tendo, ainda, que quebrar barreiras, superar nossos próprios limites, impondo, assim, nossa presença em todos os lugares. Com efeito, só assim, faremos valer nossos direitos; mostraremos a essa sociedade hipócrita e preconceituosa, a nossos governantes que existimos, que somos trabalhadores, estudantes, contribuintes, como qualquer outro ser humano.
Que possamos unir-nos numa só voz e objetivo, para que os outros que vierem depois de nós tenham mais facilidade para os estudos, trabalho, lazer. Enfim, que vivam de uma forma mais natural, descomplicada, que tenham só e exclusivamente que superar os limites da deficiência, sem ter que sofrer e clamar, incessantemente, por um direito constituído,que é a tão falada, discutida e almejada acessibilidade, inclusão social e o respeito a esses direitos...
Lamentável que nos dias de hoje, esse tipo de coisa ainda aconteça... Enquanto uns tem uma liberdade abusiva na sociedade a tal ponto de fazerem o que quiser sem sofrer consequências, outros sofrem com preconceito, sofrem com pessoas impondo dificuldades em suas vidas, pra quê tanta má vontade do povo brasileiro?
ResponderExcluirO Brasil está se tornando um país hipócrita, onde ajudamos Haiti, ajudamos Bolivia, ajudamos esse e aquele, mas somos incapazes de ajudar nossos próprios brasileiros...
Camila Mancini!
ResponderExcluirComo nos conhecemos desde o nascimento, acompanhei tudo o que viveu, o que enfrentrou para se colocar no mundo, fazer valer sua existencia, matou um leão por hora, para isso acontecer.Foi desgatante sei disso.
Sabe quem perdeu???
Eles, os hipócritas, que não aceitaram você na "escola" deles, porque poderiam mostrar com orgulho o que uma ex aluna deles, com uma limitação física, conseguiu em seus apenas 21 anos, vamos relembrar:
Aos 18 ja escrevia no site Café&Revista, ja participava de projetos sociais, fez belissimos trabalhos de assessoria antes mesmo de começar a faculdade de comunicação, levando um dos projetos que não tinha conseguido nada ao longo dos anos(e olha que com alguns artistas dando apoio), no programa de TV - Faça a Diferença de Porto Alegre-RS, onde a vinheta de um dos quadros é com esse projeto, conseguiu um contrato para o autor desse projeto com o governo de Porto Alegre, para uma tiragem de 57 MIL exemplares de Cartilha Educativa e com lançamento em grande estilo, na famosa Feira do Livro lá da capital gaucha, colocando assim o projeto em evidencia,com grandes oportunidades para outras matérias e contratos. Fez tbm um belo trabalho de assessoria para a fotógrafa Kica de Castro da capital de São Paulo,iniciando aqui o programa da agencia de Caça Talentos, e que outros estados ja estão copiando. Tem sua coluna no site GN e mais o seu blog, entre tantas matérias em jornais de TV eescrito tbm.
ORGULHO hein?
Mas quem perdeu mesmo?
E com Pedro não será diferente, o caminho dele será BRILHANTE, como foi o seu.
E quer saber de uma coisa?
Deus sabe todas as coisas e os livrou.
Vocês são maravilhosos demais para estarem num lugar contaminado de preconceito e maldade.
Mas concordo que temos que nos unir e lutar contra tudo isso que denigre a espécie "humana", como diz você!
Conte comigo para qualquer coisa, a Daniela e a familia dela também.
Muita luz e sabedoria para vocês!
Beijo no seu coração
Camila, como sabe acompanho sempre o que escreve, aqui e no bocadopovo, poxa como a ignorancia pode tomar conta das pessoas?
ResponderExcluirE pessoas que tinham que ter um compromisso com a ética.
Mas como no comentário anterior, perderam uma bela oportunidade de mostrar com orgulho que tiveram em seu quadro, uma garota de tanta garra, determinação e que está quebrando barreiras com tanta sabedoria.
Tenho certeza que o pequeno Pedro também vai conseguir.
Contem comigo para qualquer coisa que precisarem, para ajudar nessa luta.
Beijo
Querida, sabemos da sua vontade e ver as escolas preparadas para todas as pessoas.
ResponderExcluirAcredite, vai ver, porque pessoas como você, como foram seus pais, os pais do Pedro e muitos outros que conhecemos, não escondem seus filhos, pode parecer que é uma luta dificil, longa. Pode até ser, mas acreditem estão fazendo uma grande diferença no mundo, abrindo espaço e sendo exemplo a ser seguido.
Beijos
Querida amiga, ainda bem q na nossa sociedade hipócrita ainda restam pessoas de bem q pensam como nós!
ResponderExcluirEssas duas historias foram os mais recentes absurdos q vivemos nesses 4 anos, qdo soube q meu filho nasceria com uma má formação o q o deixaria provavelmente com sequelas sofri com o fato de "achar q não saberia cuidar dele" sofri com o fato inesperado de receber alguém tão "diferente" e falhar, e hj confesso que na verdade isso tdo não foi nada tdo passou tão tranquilamente q vivemos uma vida normal, ate sairmos de dentro da nossa casa, é pq infelizmente o nosso país não esta adaptado, o povo não se acostuma em dividir seu espaço nem ao menos respeitar os outros, obrigado Camila por essa oportunidade tenho certeza vamos conseguir dar mais passo na nossa luta!
Daniela - mae do Pedro Lucas ( dani_mendespp@hotmail.com)
Daqui a pouco a sociedade vai estar na rua pedindo para que pessoas com deficiência fiquem em casa, só falta ... Um absurdo, vamos mudar isso, com certeza. Todos tem os mesmos direitos, o principal direito e de ser feliz e não passar por essas humilhações.
ResponderExcluirCamila, sinceramente, você é muito boa de coração ao chamar de "ser humano" esses hipócritas para não dizer outra coisa, que fizeram isso com você e essa criança o Pedro
ResponderExcluirE mais humilde ainda em resguardar o nome do colégio, talvez por respeito a sua religião, que pelo que entendi, o colégio é administrado pela igreja. Mas sinceramente, devem ser expostos sim, denunciados na diretoria de ensino, para que assim, aprendam a respeitar as diferenças.
Contem comigo também para o que precisarem.
Abraços
Olivia, pasme mas qdo eu fui tentar denunciar a tal escola numa rede de TV não obtive exito logo após informar q era uma unidade particular, e na diretoria de ensino não consegui nem ao menos fazer uma denuncia por escrito pelo mesmo motivo, infelizmente temos q tentar fazer com q mude as leis de fiscalização pois estas so valem para unidades publicas ou seja gente considerada "da sociedade" financeiramente bem não tem nenhum tipo de fiscalização, qdo tentei denunciar na prefeitura o fato da escola alegar não estar adaptada o engenheiro responsavel teve a cara de pau de me informar q eles devem devem ter os doc em ordem e nem me deu sequer atenção....enfim.... pizza!!
ResponderExcluirGente o que é isso?
ResponderExcluirNão podemos deixar continuar mesmo
Vamos mobilizar as pessoas para acabarem com essa vergonha.
Camila se isso aconteceu com você que tem seus pais que são ativos, que nunca trataram você com limitação, sempre incluiram você em tudo, lembra da Rainha da Primavera??? Vc precisa compartilhar essa historia com as outras pessoas tbm, quem sabe ajuda mais meninas que querem participar, mas acham ou encontram pessoas ridiculas, como aquela professora que quis te impedir?
Você e sua mãe mostraram para ela, quem eram Valeria e Camila Mancini e que os limites impostos, não bloqueiam o caminho de vocês!
Muito bom aquilo
E vejo que a Dany, não é nada diferente da Valéria, então tenho certeza que Pedro será orgulho dessa cidade e coitado de quem fez essa maldade com ele tbm.
Dany mostra para eles o que voces estão acima da hipocrisia, que voces são tratores humanos que passam por cima da negatividade e mostram a grandiosidade da vida.
Beijo gente
Vocês ja combatem essa praga(Preconceito) pela postura digna que levam a vida.
ResponderExcluirCamila com esse olhar que encanta e contamina qualquer pessoa que chega perto de você com esse sorriso (arrebata corações, viu menina),
não conheço Pedro, mas com certeza deve ser um encanto.
Mas entendo que devem haver esta fiscalização que a Dany citou, vamos cobrar isso gente? Nem sei como começar, mas vamos lá nos mexer, não adianta só falar e deixar assim.
Adoro voce Camiletz
Beijo
Parabens CAMILA, parabens mesmo!
ResponderExcluirComo vc sabe, tbm sou um militante da causa, e acho que tenho um texto que complementa nosso pensamento. Posso posta-lo aqui? Vamos a luta! Mos podemos mudar o país! abaixo segue o texto. beijoooo linda!
Faça sua parte!
Censo IBGE 2000 - População com Alguma Deficiência.
Segundo o Censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem na população brasileira cerca de 24.600.256 de pessoas com algum tipo de deficiência. Este é o último dado oficial levantado. Ele corresponde a 14.5% da população. Houve, nos últimos anos, entre os Censos de 1991 e o de 2000, um aumento maior que 13 pontos percentuais no número de pessoas com deficiência no Brasil, que era de 1.41% da população total. Divididas em:
Mental: 2.848.684
Física: 1.422.223
- Tetraplegia, paraplegia ou hemiplegia: 955.287
- Falta de membro ou de parte dele: 466.936
Motora: 7.879.600
- Incapaz de caminhar ou subir escada: 588.201
- Grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escada: 1.799.917
- Alguma dificuldade permanente de caminhar ou subir escada: 5.491.482
Auditiva: 5.750.810
- Incapaz de ouvir: 176.067
- Grande dificuldade permanente de ouvir: 860.889
- Alguma dificuldade permanente de ouvir: 4.713.854
Visual: 16.573.937
- Incapaz de enxergar: 159.824
- Grande dificuldade permanente de enxergar: 2.398.472
- Alguma dificuldade permanente de enxergar: 14.015.641
A estatística já me espanta muito. Mas, esse espanto aumenta ainda mais, quando nos damos conta de que essa pesquisa não representa apenas simples números, mas que cada número representa uma pessoa, uma vida, e uma história.
Intriga-me mais ainda pensar na falta de estrutura que essas 24.600.256 de pessoas (não, você não entendeu errado, são sim, VINTE E QUATRO MILHÕES SEISCENTAS MIL E DUZENTAS E CINQUENTA E SEIS PESSOAS) encontram no nosso país como, por exemplo, no acesso ao lazer, estudos, trabalho, conservação das calçadas, e no acesso a lugares. Sinceramente, para mim chega a ser desesperador pensar nisso, já que nosso país não está nem um pouco preparado para receber essa parcela da população. Lógico que há uma explicação e eu direi a vocês agora. É simples, há duas possibilidades, que são: i) para os políticos não existimos e somos apenas números, ou ii) seria a de que não temos direitos básicos de um ser humano.
Apesar de tudo isso, digo uma coisa a vocês: todos nós, por vezes temos culpa nisso porque somos acomodados...
Devemos sempre nos lembrar: O Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito, portanto o poder emana do povo! Nós temos o poder!
Todos nós temos de amadurecer e ter consciência política. O filosofo e pensador Platão, já dizia há muito tempo atrás, a seguinte frase: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles gostam’’, E, muitas dessas vezes, mal governados, infelizmente. Apenas gostaria de deixar claro que, entender de política, não implica estar no meio, mas saber e reivindicar de forma ordeira seus direitos. E isso que devemos fazer!
Vamos à rua, bravo povo brasileiro! Pintemos o rosto e vamos à LUTA!
Somente assim, com certeza, dias melhores virão. Pensemos nisso!
Autoria: Uriel Izel Benjamin
Camila, como é triste poder postar uma matéria como essa. Enquanto esperamos melhoras, infelizmente estamos nos deparando com situações lamentáveis. Fico triste por causa dessa mãe, fico triste por causa dessa criança, que está sendo impedida de realizar um direito que é seu. Que isso! Para que servi a lei? Para que servi a justiça? É só para enfeitar o nosso ordenamento jurídico? Então para quer foi criadas?.
ResponderExcluirE o estatuto das pessoas com deficiência:
Art. 2º Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.
É só para iludir as pessoas?
São essas as perguntas que vem na nossa cabeça em cada situação que nos deparamos.
Ainda não presenciei uma situação como essa aqui na minha cidade, mais já presenciei situações de desrespeito ao idoso, privando o mesmo, dos seus direitos, e isso me deixou com muita raiva. Me sentindo impotente perante essas pessoas cruéis. Temos sim que lutar contra essa desumanidade que se estende em todo país, cada um fazendo a sua parte, sem medo de falar.
Quem fica calado perante esses atos, está contribuindo com eles.
Temos que ir à LUTA, em busca de nosso direito!
Beijos linda!
Dayse Lima
CAMILA,MESMO ESSAS PESSOAS AGINDO DE FORMA DESUMANA NÃO PERCA SUA FÉ CRISTO NÃO PARTILHA DESSAS COISAS,AGORA NÓS TEMOS QUE LUTAR E NÃO DESITIR NUNCA.....VAMOS CONSEGUIR CHEGAR AO RESULTADO SATISFATÓRIO....BJSSS
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