domingo, 30 de dezembro de 2012

Viver - a maior das artes


Se você tivesse a oportunidade de modificar sua vida com um pedido, o que pediria? Ganhar dinheiro, conquistar fama, sucesso profissional ou um Camaro Amarelo?

Pois é, para muita gente, essas opções não são suficientes, para suprir a necessidade de viver com plenitude.

Algumas delas encontram alegria em um sorriso, em uma música, poesia ou, até mesmo, em um click de uma fotografia que escreve, com a luz, histórias, decifra sentimentos, encontra novos caminhos...

Pensamento mesquinho, não? Afinal, o captalismo nos ensina que “Valemos pelo que temos.” Há, ainda, outra máxima, que diz “Que tempo é dinheiro”. Portanto, para que perder tempo com fotografias, pinturas, músicas, poesias, se o mundo lá fora exige que você vire “Uma coisa” a serviço do dinheiro e da materialidade que exala luxo, glamour e status; enfim, tudo de que você precisa, para estar bem, diante dos olhos das pessoas que desejam ser o que você é, pelo que você tem, fazendo, disso, uma lição de vida e um exemplo a ser seguido, para chegar ao topo mesmo não sabendo, exatamente, o que o espera por lá.

E em busca desse topo correm. Mesmo quando não há pressa, exercitam preconceitos e buscam conceitos baseados em um estereótipo que a sociedade lhes impõe. Mesmo sem perguntarem se esse é o conceito ideal, para haver respeito às diferenças. Tratar, com igualdade, um negro? Ah! Para que, se ele nasceu com a pele diferente da minha?

Tratar, com respeito, um pobre? Ah! Para quê, se ele não faz parte do meu mundo?

Tratar, com igualdade, uma pessoa com Deficiência? Imagine! São erros da natureza, dão trabalho e esse “negócio” da acessibilidade, que só faz gastar dinheiro e modificar a naturalidade do mundo.

Mas há quem ande na “contramão” e goste de fazer diferente, gosta, sim, de arte, de música, de fotografia, de poesia e, acima de tudo, gosta dos seres humanos e adiciona a doçura, o encanto com arte aos seus ciclos de amigos, riem, brincam, choram, são coloridos, efuziantes e não se importam com mudar a “naturalidade do mundo.” Modificam a vida das pessoas com essa alegria e simplicidade, comprovam que, mesmo não possuindo um Camaro amarelo e toda essa materialidade que exala glamour e luxo, são seguidos e admirados por tudo que são e representam.

O melhor presente é vivenciar a lição que o Menino Jesus nos proporcionou: A descoberta do imenso potencial humano, da valentia e do destemor, com que devemos manter a luz acesa, o espírito aberto e criativo, bem como exercer a maior de todas as artes: viver com dignidade!